São Paulo no Século 20
(Fonte principal: Governo de São Paulo)
O século 20, em São Paulo, começou com toda a força dos milhares de imigrantes, que resolveram o problema da mão de obra da lavoura cafeeira, permitiu maior ocupação do interior do Estado. Criaram-se as condições necessárias para que pequenas fábricas, subsidiárias do café, dessem os primeiros passos em direção à industrialização.
Em 1908, A Diocese de São Paulo foi elevada à categoria de Arquidiocese. Foi criada a Província Eclesiástica de São Paulo pela Bula “Diocesium nimiam amplitudinem”, do Papa Pio X.
Até 1930, a ferrovia puxava a expansão da cafeicultura, atraía imigrantes e permitia a colonização de novas áreas, enquanto nas cidades a industrialização avançava. As greves e as "badernas de rua" tornam-se assunto cotidiano dos boletins policiais, ao mesmo tempo que começa a saltar aos olhos a precariedade da infraestrutura urbana, exigida pela industrialização. Um dos graves problemas passou a ser a geração de energia, centro de atenção das autoridades estaduais. Já em 1900, fora inaugurada a Light, empresa canadense e principal responsável pelo setor em São Paulo até 1970. O Estado passou a ter uma significativa capacidade de geração de energia, o que foi decisivo para o grande desenvolvimento industrial verificado entre 1930 e 1940. Nessa nova conjuntura, mais de uma dezena de pequenas hidrelétricas começaram a ser construídas, principalmente com capital estrangeiro.
Nesse período da Primeira República, a cafeicultura paulista viveu o seu apogeu. Mas a Revolução de 1930 colocou fim à liderança da oligarquia cafeeira. As oligarquias paulistas ainda promovem, contra o movimento de 1930, a Revolução Constitucionalista, em 1932, mas foram derrotadas, apesar da pujança econômica demonstrada pelo Estado de São Paulo.
Em 1930, os trilhos de suas ferrovias chegavam às proximidades do rio Paraná e a colonização ocupava mais de um terço do Estado. Socialmente, o Estado, com seus mais de um milhão de imigrantes, tornou-se uma torre de Babel, marcado pelas diferentes culturas de muitos países e brasileiros de todo o Brasil.
O café superou a crise dos anos 1930 e nos anos 1950 a indústria automobilística em São Paulo despontou como uma das principais alavancas de desenvolvimento.
Nos anos 1960, São Paulo tornou-se a maior cidade do Brasil, ultrapassando o Rio de Janeiro.
Por volta de 1960, o médico nazista Josej Mengele veio para o Brasil, vindo do Paraguay. Ele teria passado por cidades do interior do Rio Grande do Sul e Paraná. Nos anos 1960, passou a morar perto da Capital Paulista, protegido por simpatizantes nazistas. O Mossad, a agência de inteligência de Israel, sabia de seu paradeiro, mas tinha outras prioridades. Mengele nunca foi julgado por seus atos cruéis e morreu idoso enquanto nadava em uma praia de Bertioga, em 1979. Os alemães não quiseram seus ossos, que passaram a ser usados como material didático de medicina forense, na USP.
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A Estação da Luz, em 1911. Fotografia de Guilherme Gaensly (1843-1928). Gaensly nasceu na Suíça e imigrou para a Bahia aos cinco anos de idade, com seus pais. Cresceu e se educou em Salvador, onde também iniciou sua carreira de fotógrafo. Mudou-se para São Paulo no final do século 19 e é o autor de impagáveis imagens históricas da capital paulista.
Avenida 9 de Julho, vista do Viaduto do Chá para o de Santa Ifigênia, em 1957 (acervo Instituto Geográfico e Cartográfico).
O magnata paraibano Assis Chateaubriand (1892-1968) foi um visionário magnata das comunicações, no século 20. Nasceu em Umbuzeiro, na Paraíba, em 05/10/1892. Estudou Direito, em Recife, onde se tornou professor da Universidade e iniciou sua carreira jornalística.
Depois foi senador, fundou o MASP, jornais, estações de rádio e foi pioneiro na televisão brasileira com a TV Tupi, fundada em São Paulo. Uma das personalidades mais influentes de seu tempo.
Mazzapopi, o ator paulista em cena de uma de suas chanchadas em que personificava um típico caipira paulista. Em 1959, representou Jeca Tatu do escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948), com filmagens em Pindamonhangaba. Jeca Tatu foi lançado em 1918, no livro Urupês, era um personagem que representava a preguiça de muitos caipiras de regiões rurais de São Paulo, de acordo com o escritor paulista. Taubaté, cidade natal de Lobato, mantinha um monumento ao Jeca Tatu na praça Dr. Barbosa de Oliveira, até 2013, quando Jeca foi retirado para restauração. Amácio Mazzaroppi (1912-1981) era filho de um imigrante italiano e nos anos '50 fazia sucesso com suas chanchadas em que representava um caipira paulista.
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